(Caution: Conteúdo com alto teor de ~romance~)Começando por uma de minhas preferidas:
"E por falar em saudade,
Onde anda você?
Onde andam seus olhos que a gente não vê?
Onde anda esse corpo,
Que me deixou louco de tanto prazer..
E por falar em beleza,
Onde anda a canção que se ouvia na noite?
Dos bares de então, onde a gente ficava
Onde a gente se amava em total solidão
Hoje eu saio na noite vazia,
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares, que apesar dos pesares me trazem você..
E por falar em paixão, em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você?"
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"Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai, quem me dera ver morrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor
Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais
Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim"
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".. E ter medo de amar não faz ninguém feliz"
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"Vem suavizar a dor
Dessa paixão que anoiteceu
Vem e apaga do corpo meu
Cada beijo seu
Porque foi assim
Que ela me enlouqueceu
Fatal, cruel
Cruel demais
Mas não faz mal,
Quem ama não tem paz"
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"No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto, e em minha voz a tua voz"
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"Tento compor o nosso amor
Dentro da tua ausência
Toda a loucura, todo o martírio
De uma paixão imensa
Teu toca-discos, nosso retrato
Um tempo descuidado
Tudo pisado, tudo partido
Tudo no chão jogado
E em cada canto
Teu desencanto
Tua melancolia
Teu triste vulto desesperado
Ante o que eu te dizia
E logo o espanto e logo o insulto
O amor dilacerado
E logo o pranto ante a agonia
Do fato consumado
Silenciosa
Ficou a rosa
No chão despetalada
Que eu com meus dedos tentei a medo
Reconstruir do nada:
O teu perfume, teus doces pêlos
A tua pele amada
Tudo desfeito, tudo perdido
A rosa desfolhada"
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"E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
Como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém
Porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
A tua voz ausente,
A tua voz serenizada"
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"Ah, sendo por amor
Seja o que Deus quiser"
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